A pandemia nos trouxe muitos desafios, em todas as áreas das nossas vidas. As mais diversas profissões foram afetadas e todos nós passamos por períodos difíceis e desafiadores ao longo deste ano. Assim também na educação, os desafios foram imensos e afetaram toda a comunidade escolar. Passamos a utilizar o ensino remoto, algo muito distante da realidade da maioria de nós. Este foi um ano de tropeços, readaptações, ajustes constantes, mas também de muito aprendizado, pelo menos quanto às diversas formas que podemos ensinar!
Os desafios permanecem para 2021. Ainda vivemos em um momento incerto e, possivelmente, o início do ano letivo não será como de costume. Desse modo, muitas escolas têm estudado a possibilidade de adotar o ensino híbrido como alternativa para este período de transição.
Mas afinal, o que é ensino híbrido?
É uma abordagem metodológica que utiliza atividades presenciais, combinadas com outras realizadas por meio de tecnologias digitais (Bacich, Tanzi Neto & Trevisani, 2015). Coloca a aprendizagem do estudante como foco do processo, oferecendo situações e ambientes diversos. Assim, a sala de aula passa a ser o local de discussões, resoluções de problemas e projetos, com o apoio dos próprios colegas e professores.
Os autores que estudam a educação híbrida consideram que esta abordagem pode trazer diversos benefícios, principalmente por favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para o convívio na dita sociedade do conhecimento.
O ensino híbrido na prática
É importante que o estudante tenha acesso ao material de estudo antecipadamente, por meio de instrumentos diversificados, como videoaulas, animações e outros recursos disponíveis on-line. Portanto, este processo inicial é considerado favorável à aprendizagem, por respeitar o ritmo de cada um, possibilitando a retomada e aprofundamento dos conceitos sempre que necessário.
O papel da autoavaliação
As atividades on-line também podem incluir tarefas e autoavaliações, como forma de preparar os estudantes para a aula. Eles podem identificar dúvidas e o que precisa de maior atenção, ampliando as trocas com os professores e colegas nos encontros presenciais.
Além disso, estas avaliações também fornecem informações aos professores sobre o nível de preparo de seus estudantes. A partir delas, podemos identificar os temas com maior dificuldade e que precisam de uma abordagem mais cuidadosa nos encontros presenciais. Com isso, acredita-se que a aula pode ser mais bem aproveitada, favorecendo a participação de todos e o processo de ensino-aprendizagem.
Personalização do ensino
A partir dessa preparação e avaliação prévia, podemos preparar as atividades presenciais, segundo as necessidades de cada turma. A princípio, este pode ser um desafio para os professores ainda pouco familiarizados com esta metodologia. No entanto, a literatura tem mostrado que, com o tempo, estes recursos passam a fornecer informações importantes para o planejamento pedagógico, ampliando, inclusive, a autonomia docente.
Então, se a sua instituição de ensino estiver pensando na possibilidade de adotar modelos híbridos, entre em contato conosco. Podemos ajudar neste planejamento!
Referências:
Bacich, L., Tanzi Neto, A., Trevisani, F.M. Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
Bacich, L., Moran, E. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
