A primeira preocupação de um mentor acadêmico, quando recebe um caso, deve ser a de construir uma relação de parceria com seu novo cliente. Uma relação de confiança, interesse mútuo e troca é o primeiro passo para um atendimento de qualidade. E o que precisamos sempre nos lembrar é de que essa relação precisa ser genuína para ser transformadora, é necessário sempre nos colocar na posição de interesse pelo outro e nos esforçar ao máximo para compreender as dificuldades, aquilo que chamamos de empatia.
Por mais que estudar seja trabalhoso e, muitas vezes, podendo até provocar aversão, precisamos nos esforçar para entender a história de vida do estudante e construir relações diferentes.
Construir uma nova relação não é algo fácil, principalmente se estamos falando de genuinidade. Então minha primeira dica é: busque coisas em comum. Do que seu cliente gosta? Existe alguma coisa em comum entre vocês? Séries, vídeos, viagens, jogos, arte, moda, são exemplos de assuntos para procurar algo em comum. Quando encontrarem, aproveitem para conversar sobre isso e trocar informações. Essa também pode ser uma ótima oportunidade para desenvolver algumas das habilidades de estudo, pesquisando sobre aquilo que vocês possuem interesse.
Mas, se ainda assim for muito difícil encontrar algo em comum, você pode demonstrar interesse em aprender algo com seu cliente – sim, estar disponível para aprender aquilo que ele tem para te ensinar. E novamente, seja sobre jogos, vídeo games, lutas, tipos de cabelo, algum YouTuber famoso, etc. Estar disponível para conhecer coisas novas é um dos requisitos para a construção da relação e consequentemente para um bom atendimento.
Essa relação genuína, de busca por interesses em comum e disponibilidade para aprender com o outro é uma forma de estabelecer relações favoráveis à aprendizagem.
Forçar a relação ou usar recompensas puramente artificiais sem se preocupar com a construção de uma relação genuína pode afastar o seu cliente, pois pode passar a sensação de que você está lá “apenas por obrigação”. Outro ponto importante é analisar se aquilo que estão desenvolvendo juntos é importante e funcional para a vida do cliente, ou seja, é preciso identificar as habilidades terão mais impacto positivo na vida do estudante, não necessariamente aquilo que dizem ser importante – por exemplo, não é porque o mundo inteiro diz que construir a agenda de determinada forma que isso vai funcionar para todos os estudantes, esse é um processo de descobrir o que funciona para cada um.
Assim, não tem segredo: esteja aberto, genuinamente disponível, busque interesses em comum e foque no que é importante para o cliente. Encontre aquilo que faz com que você goste de ser um mentor acadêmico!
Um beijo,
Tuane de Oliveira Lima